Expedições

NA ESTRADA: Mundo por Terra em sua primeira Latitude 70!

Visitando pela terceira vez o Alasca
Visitando pela terceira vez o Alasca
Primeira Latitude 70 atingida!
Primeira Latitude 70 atingida!

Em agosto de 2014, Roy e Michelle, junto ao seu fiel companheiro Lobo da Estrada (nome carinhoso de seu automóvel-casa), partiram para sua segunda volta ao mundo de carro. Sua primeira expedição ocorreu nos anos 2007, 2008 e 2009, quando o casal dirigiu mais de 160.000km pelas estradas do mundo, cruzando 60 países nos 5 continentes, num período de 1.033 dias ininterruptos.

A primeira volta ao mundo foi planejada para permanecerem quase sempre no calor! Quando o verão acontecia no hemisfério norte, era para lá que se dirigiam e quando este estava ao sul, cruzavam a linha do Equador para que pudessem fugir dos invernos rigorosos com o propósito de aproveitar ao máximo a vida ao ar livre.

Mas nesta segunda viagem de volta ao mundo, intitulada Mundo por Terra – Latitude 70, os dois possuem uma meta bastante diferenciada. Saíram de casa com o objetivo de dirigirem seu Land Rover até a Latitude 70 N em três pontos do planeta. Não são muitas as estradas continentais que acessam esta latitude, por isso eles terão grandes desafios e sem sombra de dúvida, algum inverno rigoroso estará presente na viagem.

Neste momento, estando há mais de 400 dias na estrada, eles já cruzaram por 9 países nas Américas do Sul, Central e do Norte. Dirigiram mais de 50.000 quilômetros e muito recentemente, alcançaram a primeira Latitude 70 planejada, que ocorreu um pouco antes de chegarem a cidade de Deadhorse, Alasca, Estados Unidos. Há cidades mais ao norte nas Américas que Deadhorse? Sim, porém muito poucas e estas são acessíveis somente por avião ou barco.

Mexico - Templo de Quetzalcóatl ou Templo da Serpente Emplumada
Mexico – Templo de Quetzalcóatl ou Templo da Serpente Emplumada
Roupas típicas em Guatemala
Roupas típicas em Guatemala

Deadhorse é uma cidade petrolífera e lá não há nada de mais, tampouco na linha da Latitude 70. Mas o que importa, segundo eles, é que este objetivo lhes deu força e motivação para se manterem na estrada e assim sujeitarem-se a experiências diferenciadas a cada dia. Aconteceram encalhadas quando tentavam um encontro com a onça-pintada no pantanal brasileiro; dirigiram a Estrada da Morte com seus precipícios de mais de 700 metros de altura na Bolívia; sobrevoaram de paramotor o maior deserto de sal do mundo, o Uyuni na Bolívia; tiveram que desistir, quando ainda era noite, a menos de 300 metros do cume do Huayna Potosi, uma montanha de 6.088 metros de altitude na Bolívia pois as mãos e pés da Michelle estavam prestes a congelar; imergiram na cultura inca no Vale Sagrado no Peru; voaram de parapente na cidade de Baños, estando frente a frente com um vulcão ativo no Equador; experimentaram comidas exóticas andinas, como o cuy, um pequeno roedor, no Equador; tiveram a péssima experiência de terem todos os seus equipamentos roubados na Colômbia; acamparam por uma semana ao lado da Ponte das Américas, onde viram dezenas de navios saindo do Canal do Panamá; se deliciaram com as praias do Caribe na Costa Rica; estiveram as margens da cratera de um vulcão ativo na Nicarágua; foram em busca do quetzal, um dos pássaros mais lindos do mundo em Honduras; se encantaram com as comemorações de Páscoa em Antigua na Guatemala; nadaram com tubarões lixa e arraias na Barreira de Corais de Belize; sobrevoaram a terceira maior pirâmide do mundo em Teotihuacan no México; conheceram diversos parques naturais dos Estados Unidos e Canadá e agora estão no Alasca, a procura de ursos, alces, renas, auroras boreais e mais histórias para contar…

Vulcão Masaya - Nicarágua
Vulcão Masaya – Nicarágua

O inverno chega cedo nestas altas latitudes e o casal já pegou muita neve pelo caminho. Sendo eles brasileiros, com pouca experiência em frio extremo, daqui para frente estarão aprendendo diariamente como lidar com ele. O carro já está passando por uma série de modificações, pois tudo muda quando passa-se a viver em temperaturas abaixo da linha de congelamento, principalmente dentro de um carro. Talvez não estarão, por este período de inverno, indo atrás das belezas naturais, dos pontos de interesse turístico, pois quase tudo fica inacessível nesse clima. O intuito desse desafio tão gelado são as experiências e aprendizados que virão com ele pois dia após dia, estarão trabalhando para manterem-se o mais aquecidos no período de 7 meses de inverno que passarão no norte da América do Norte e Rússia.

Horseshoe Bend, Page, Arizona. Um lugar incrível, onde o Rio Colorado faz uma curva de 270 graus!
Horseshoe Bend, Page, Arizona. Um lugar incrível, onde o Rio Colorado faz uma curva de 270 graus!
Uma estela - Honduras
Uma estela – Honduras

A viagem tem previsão de término em 2017 apenas. Da América do Norte o carro será enviado de navio para Vladivostok, Rússia, onde farão mais uma tentativa de alcançar a Latitude 70, que será mais difícil devido a pouca infraestrutura da região leste da Rússia. Além disso, a investida terá que ser quando os rios congelam e viram estradas, as chamadas Zimnik. Depois seguem para Mongólia, China, Ásia Central, Leste Europeu e Escandinávia onde pretendem atingir a terceira Latitude 70, para então embarcarem o carro novamente a América do Sul.

Sobre a primeira expedição de volta ao mundo, Roy e Michelle, escreveram um belo livro intitulado “Mundo por Terra – Uma fascinante volta ao mundo de carro” que já está em sua quita edição no Brasil. Há pouco meses o livro foi traduzido para o inglês e suas histórias estão acessíveis para o mundo.

Para saber mais sobre a expedição Mundo por Terra – Latitude 70:

www.mundoporterra.com.br

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