Jornal Mais Off Road - Edicao N. 196 - Outubro 2020

E-Mail: Jornal@maisoffroad.com Outubro - 2020 13 JORNAL MAIS OFF ROAD rança de que poderia contar com ele”, contou Nenê. A história do off roa- der começou com passeios de poucos veículos, e aos poucos foi participando de raids de regularidade, co- lecionando troféus. Para chegar a este patamar, as viaturas também foram evoluindo. A primeira coisa foi sair dos pneus militares para os “pé de galinha”, juntamente com a adição dos bloqueios, facilitando ainda mais a performance em trilhas pesadas. “Na minha opinião o maior avanço tecnológico foi o de desenvolver um equipamento que possibili- te o funcionamento de um jeep a gasolina embaixo d’água. Permitindo a tra- vessia de rios, lagos, e açu- des, fato este impossível de ocorrer antigamente.” Atualmente o aventu- reiro possui um jeep 1960, modelo CJ5, herdado do pai Cazemiro Rechzinski, hoje apenas em memória. A paixão pelos automóveis 4x4 veio do mesmo, que admirava este modelo e conquistou ao longo de sua vida dois jeeps. “Todas as minhas aventuras foram especiais, como em minha primeira expedição, que aconteceu em Cambará do Sul/RS, onde atravessei os cânions e consegui subir a famosa Serra do Desespero, sem grandes alterações mecâ- nicas. Outra experiência muito importante foi a 7ª edição da TPC, no Panta- nal, que ocorreu de 09 a 13 de fevereiro de 2018. Fui de zequinha, e por não par- ticipar da maneira que gos- taria, me senti na obrigação de voltar a participar com o meu jeep. Prometi a mim mesmo e aos meus compa- nheiros do Jeep Clube, que almejava ter a experiência completa, de conseguir atravessar a tão temida ‘Vazante da Morte’ com o minha máquina, mesmo sabendo das dificuldades que encontraria neste pro- cesso”, comentou. E assim foi, Nenê fez a adaptação do igniflex, e o isolamento total do motor, com adaptação do snorkel acima do “Santo Antônio”, ressaltando que manteve o motor original de 6 cilin- dros à gasolina. “Dois anos depois re- tornei conforme havia pro- metido, na então 9° edição da TPC. Aproveitei toda a viagem da melhor maneira, mas sempre com o pensa- mento no tão sonhado de- safio, que iria acontecer no último dia da expedição. Logo no começo do dia conversei com o ‘Abenço- adinho’ e lhe fiz uma pro- messa, que se conseguísse- mos atravessar a vazante, ele seria recompensado, eu iria retirar todas suas cica- trizes e machucados, dan- do-lhe uma restauração e principalmente uma pintu- ra nova. Para a minha sorte, e a dele, concluímos com sucesso a travessia, em ambos os sentidos, foi um momento esperado e muito especial, me emocionando, pois desejava poder dividir esta experiência e alegria com meu pai, pois ele cer- tamente iria gostar”, finali- zou. Desde criança, Vilmar já respirava 4x4 Aventureiro topa qualquer parada com sua máquina

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