Jornal Mais Off Road - Edicao N. 191 - Maio 2020
E-Mail: Jornal@maisoffroad.com Maio - 2020 15 JORNAL MAIS OFF ROAD Meu nome é Giuseppe Renato Di Marzo, proprietá- rio de uma Camper 1992 4x4 diesel. Observo que as pes- soas tem um pouco de receio de executar melhorias em seus veículos, ou por falta de tempo, por falta de dinheiro ou por falta de conhecimen- to e habilidades mecânicas. Mas sou adepto da filosofia do “faça você mesmo” e ob- tenha bons resultados de ma- neira a facilitar a sua vida. A Camper, como vários veículos, apresentam alguns pontos de melhorias e um que me incomodava demais era a embreagem. Ela está equipada com um motor Maxxion S4T, com uma embreagem acio- nada por cabo e pedaleira de Opala. O cabo oferece muito atrito no sistema, gerando muitas perdas e a pedaleira possui uma relação muito pequena de multiplicação de forças, desta maneira, tor- nando o conjunto muito incô- modo para a precisão em tri- lhas e o conforto no trânsito das cidades. Várias alternativas foram testadas e estudadas, mas inú- meras variáveis complicam a solução para o problema. Embreagem aliviada A solução inicial seria a remoção do sistema de acio- namento por cabo de aço e instalar no painel de fogo um cilindro mestre com o acionamento hidráulico no motor. A instalação do acio- namento hidráulico no mo- tor foi fácil, bastou encon- trar a posição e perfurar uma chapa de aço. Até este ponto o projeto estava andando bem, mas quando acionei o pedal foi aí que o pesadelo começou. Continuava muito pesado. Qual foi a lógica? Utili- zar um conjunto de aciona- mento hidráulico da Toyota Bandeirante, afinal, possui um motor pesado e uma em- breagem igualmente grande. Porém, a Bandeirante pos- sui um pedal de embreagem muito maior, por esse moti- vo tive que voltar à estaca zero. Bem, a relação de ci- lindro mestre e auxiliar da Bandeirante é de 1” para 1”, portanto, uma relação de 1 pra 1. Ao tentar outros ta- manhos de cilindro mestre, obtém-se melhorias na força, porém, o curso é perdido, in- viabilizando a utilização do sistema. Mais uma tentativa, uti- lizar um hirovácuo. Ótima opção, porém, e o espaço no painel de fogo? Com um hi- drovácuo para o freio, como colocar outro hidrovácuo ao lado? Hidrobooster da F350? Que tal? Até poderia ser uma opção, mas o preço não agradou muito e pensar em ter que fazer um sistema de mangueiras hidráulicas de alta pressão não agradou igualmente. Pesquisando e conver- sando com colegas, Alberto Martins e Antonio Martins, foi dada uma ótima dica, utilizar um hidrovácuo uni- versal. Uma peça diferente, já tinha até ouvido falar a res- peito que era utilizada nos caminhões D60, mas imagi- nava fora de cogitação. Ledo engano. Tem uma empresa que fabrica este sistema, porém, em um tamanho reduzido, com apenas 6” de diâmetro, viabilizando a instalação em veículos menores. De fato, o sistema é efi- ciente, com a vantagem de poder instalar o hidrovácuo em qualquer lugar do carro, sem comprometer o painel de fogo. Este hidrovácuo multi- plica a força exercida pelo cilindro mestre e aciona o cilindro da embreagem com muito mais força. Excelente resultado, somando maciez, precisão e de fácil instala- ção. O importante é acertar a relação entre cilindros mes- tre e auxiliar e tudo está re- solvido, porém, o fabricante recomenda a instalação por uma oficina especializada para evitar erros de instala- ção. A empresa Power Stop produz o sistema. E o técni- co tem uma vasta experien- cia no ramo de freios e acio- namentos hidráulicos. Obs. > Procurar manter o hidrovác- uo fixado em pontos onde os san- gradores fiquem sempre voltados para cima, também evitar contato tanto do hidrovácuo, como das tubu- lações com coletor ou escapamento do motor). Dica para tubulações de pressão, pode ser usados canos para sistema de freios de 1/4 ou tubos flexíveis de alta pressão tipo Aeroquip. *Após tudo montado proceder com a sangria, primeiro no hidrovácuo e por último no cilindro mestre. ** Para sangria caso preferir, pode ser usado o sistema reverso, de baixo para cima onde não há ne- cessidade de acionar o pedal de embreagem durante a sangria,com uma seringa de pressão alimentan- do através do sangrador do cilindro de embreagem até o preenchimento total do reservatório de fluido, em todos os procedimentos manter reservatório sempre aberto. Caso de dúvida, entrar em contado com suporte técnico: (19) 34425420. DESCRIÇÕES NA FOTO: 1- PLUG DE SAÍDA - para veículos com freio a disco. 2- FILTRO DE AR - Este filtro deve trabalhar somente em lugar limpo (dentro do veículo). Quando o hidrovácuo for instalado na parte ex- terna do veículo é necessário retirar o filtro e conecte uma mangueira go- mada e flexível e no final da mesma encaixe o filtro instalando-o em lugar limpo no veículo (dentro do veículo). 3- SANGRADORES - Todos sempre para cima. 4- CONECTOR DA MANGUEIRA DE VÁCUO - Retire a tampa de proteção e conecte a mangueira de vácuo, entre o Hidrovácuo e a fonte geradora de vácuo (coletor ou exaustor) instale a válvula unidi- recional de vácuo que acompanha esta peça (com a seta voltada para o motor). 5- ENTRADACANO FREIO - Única entrada de cano de freio do Cilindro Mestre Simples até o Hidrovácuo (Rosca 10x1). 6- SUPORTE DO HIDROVÁCUO - Ponto de fixação do mesmo, sempre mantendo os sangradores para cima. Hidrovácuo para veículo com freio a disco Cilindro mestre de embreagem modelo genérico Conectar tubulação de saída da pressão hidráulica para entrada do hidrovácuo Saída de pressão para cilindro auxiliar de embreagem Entrada de pressão que vem do cilindro mestre de embreagem Entrada de vácuo Cilindro auxiliar de embreagem Entrada de pressão hidráulica que vem da saída do hidrovácuo
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