Jornal Mais Off Road - Edição N. 129 - Março 2015 - page 25

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Março - 2015 25
JORNAL MAIS OFF ROAD
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Tudo pelo Off Road. Foi
este o pensamento do off
roader Sergio Augusto, de
Brasília/DF, que resolveu
encarar o desafio do Panta-
nal de Coxim/MS. Depois de
saber as informações através
de Aristol Cotini, organiza-
dor da trilha, Sergio tomou
coragem e se preparou.
“Busquei informações
com o próprio Aristol e de-
mais jipeiros sobre o tipo
de pneu e preparação da
viatura. Não tenho equipe.
Fiz tudo sozinho, aos finais
de semana. Planejava, dese-
nhava, colocava em prática,
testava, alterava. Foi mão
na graxa mesmo, porque ti-
nha a intenção de conhecer a
fundo a viatura, para que se
ocorresse algum problema
saber o que fazer. Pesquisei
na internet, ouvi dicas dos
amigos proprietários de JPX
e daqueles que já haviam
participado das edições an-
teriores da TPC”, relatou.
Com tudo já quase acertado,
o aventureiro pegou o veícu-
lo e arrancou para o desco-
nhecido, ou mais ou menos
isso.
“Meu veículo é um JPX
militar com motor XUD
(diesel) original. É um ex-
celente jipe, porém, o motor
aquece rapidamente. Esse
foi meu principal foco. Co-
loquei duas ventoinhas com
acionamento no painel, re-
tirei a válvula termostática
para água circular livremen-
te, e retirei o bypass, que
consistia num desvio para
Saindo de Brasília para conhecer o Pantanal
ção e amizade. Depois ainda
veio o motor apagando, mas
ressuscitando, o JPX dan-
do banho em jipes maiores,
embreagem querendo deixar
na mão, mas tudo vencido
na raça e companheirismo.
“Consegui chegar ao
final. Voltei rodando para
Coxim! Fiz a revisão em
Coxim. Nesse momento, re-
cebi todo o apoio do Aristol
a ponto de conseguir com-
prar um rolamento raro,
num feriado. Retornei à
Brasília, rodando. Descobri
que ‘Deus é Jipeiro’. Vim
até próximo a Goiânia/GO,
sem ventoinhas. Ali comprei
uma nova e cheguei a Brasí-
lia, tranquilo. Ao total foram
2.400 km de asfalto e trilha.
Ah, o JPX está funcionando,
pronto pra próxima aventu-
ra”, brincou.
Feliz com toda a orga-
nização e o apoio de todo
o comboio em toda a trilha,
Sergio já relembra dos mo-
mentos do Carnaval com
enorme saudade. “Com
certeza, e com a graças de
Deus, irei em 2016. E pre-
tendo levar outros amigos
juntos, mais viaturas, mais
JPX. O que percebi no Pan-
tanal é que não adianta ter
uma viatura toda equipada,
se não usar com cautela,
quebra. O JPX é uma viatu-
ra incomparável, muito boa,
mas precisa ter paciência,
conduzir com atenção”, fi-
nalizou, sonhando em nova-
mente revisitar tudo o que o
Pantanal proporciona.
que água quente retornasse
ao motor, isso só aumenta-
va o aquecimento. Revisei
mangueiras. Fiz snorkel
(projeto próprio). Vedei tudo
que pudesse entrar água no
motor com silicone. Elevei
os suspiros dos diferenciais,
caixa de transferência e mo-
tor. Fiz caixa vedada para
colocar som e rádio VHF.
Fiz baú para transportar rou-
pas, comida e outros objetos
que não pudessem molhar.
Revisei parte elétrica. Foram
meses de preparação.”
A aventura começou em
Brasília com o deslocamen-
to para Coxim. Só neste tra-
jeto foram 970 km. “Fui ro-
dando com um jogo de pneu
de asfalto e levei os pneus
que iria utilizar no Pantanal.
A cada quilômetro percorri-
do a confiança aumentava.
Sempre atento às condições
da viatura, sem forçar. Fo-
mos eu e meu primo, mas
somente eu dirigi, porque
tinha muito cuidado com a
viatura. Toquei direto. Sa-
ímos de Brasília, no dia 10
de fevereiro, às 16h e che-
gamos em Coxim, dia 11,
às 8h”, lembrou.
Apesar de algumas
avarias durante o percur-
so, Sergio contou com aju-
da de mecânicos no local
para acertar os detalhes e
deixar a máquina pronta
para o Pantanal. “No iní-
cio do deslocamento, a
emoção já vem à flor da
pele, aquele mundão de
terra, natureza exuberante,
dezenas de jipes... A von-
tade de acelerar foi con-
tida pela necessidade de
conservar a viatura para
suportar o que ainda vi-
nha pela frente (e eu nem
sabia o que me esperava).
Nesse momento, o alerta
dos mais experientes foi
fundamental”, considerou.
O off roader lembra
com carinho de cada mo-
mento da trilha e consi-
dera o Pantanal um lugar
mágico. “No Pantanal, to-
dos os dias foram emocio-
nantes. As palavras jamais
conseguirão transmitir o
que de fato representa o
evento. Na trilha, muitos
amigos, a camaradagem
e o espírito de cooperação
são sem igual. Acho que
esse é o grande legado da
Trilha Pantanal Coxim”,
enfatizou. A primeira va-
zante, conhecida como a
da ‘morte’, já trouxe enor-
me dificuldade, mas foi
vencida com muita emo-
Dupla de amigos se preparou e muito para a aventura
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